Servidores pressionam e vereadores adiam votação reajuste para aguardar nova proposta do executivo
Conforme o programado, centenas de servidores estiveram na Câmara de Vereadores na tarde desta terça-feira para acompanhar a votação do Projeto de Lei que poderia instituir o reajuste parcelado, encaminhado pela Prefeitura e rejeitado pelos trabalhadores. Mas desta vez a organização e mobilização dos servidores garantiu uma vitória. Mais de 800 servidores estiveram na Câmara de Vereadores desde as 14h e acompanharam a reunião da Comissão de Finanças, que faria a avaliação do projeto do reajuste e poderia encaminhá-lo para votação no mesmo dia.
O Sindicato concentrou os servidores no Plenário da Câmara e fez as explanações acerca do projeto, que recebeu na Comissão de Finanças, uma emenda para que o reajuste fosse concedido em parcela única. Medida meramente alegórica e sem efeito prático, que não pode ser proposta pelos vereadores, pois o poder Legislativo não pode impor gastos ao Executivo. Se aprovado com emenda, o projeto retornaria ao Executivo para a sanção do Prefeito, que poderia, pela impossibilidade legal de aplicação da emenda, vetá-la e sancionar a medida em sua forma original, como ele mesmo havia encaminhado aos vereadores. A emenda dos vereadores foi retirada da Comissão e do Plenário, de forma que não vai mais à votação.
O Sindicato concentrou os servidores no Plenário da Câmara e fez as explanações acerca do projeto, que recebeu na Comissão de Finanças, uma emenda para que o reajuste fosse concedido em parcela única. Medida meramente alegórica e sem efeito prático, que não pode ser proposta pelos vereadores, pois o poder Legislativo não pode impor gastos ao Executivo. Se aprovado com emenda, o projeto retornaria ao Executivo para a sanção do Prefeito, que poderia, pela impossibilidade legal de aplicação da emenda, vetá-la e sancionar a medida em sua forma original, como ele mesmo havia encaminhado aos vereadores. A emenda dos vereadores foi retirada da Comissão e do Plenário, de forma que não vai mais à votação.
Em meio às discussões da tarde, o líder do governo na Câmara, vereador Manoel Francisco Bento, fez a proposição de suspender a votação do projeto, para que ele não vá a Plenário até sexta-feira, dia 16/7, para que até lá o Executivo Municipal apresente uma nova proposta e a discuta com o Sindicato e a categoria. A proposta foi votada e aprovada pelos servidores presentes, numa demonstração de que os servidores e seu Sindicato estão abertos ao diálogo e preferem uma negociação clara e aberta à medidas mais radicais. No entanto Sinsej reafirma que prevalece e fica mantido o calendário de atividades, estabelecido na Assembleia Geral do dia 30/6. Caso a Prefeitura não apresenta uma nova proposta, os servidores municipais iniciam a greve geral a partir de 2 de agosto.
Com as resoluções da mobilização na Câmara, o Sinsej convoca os representantes dos locais de trabalho para uma reunião na sexta-feira, às 19h, na sede do Sinsej, para discutir a propostas que até lá deverão ser apresentada pela Prefeitura. Estão convocados todos os representantes eleitos nas Assembleias Locais e os postos de trabalho onde não foram realizadas assembléias devem indicar os seus representantes.
5 comentários:
Companheiros,
Entendo a manifestação, mas não a greve. É só por conta do reajuste?
Não encontrei neste BLOG quais são as reais reivindicações da categoria. Até porque eu sou da categoria, votei para eleger o Movimentação, e ninguém me perguntou nada. Nem mesmo neste meio virtual.
Quanto ao reajuste acho que é importante, mas prefiro receber parcelado do que não receber nada ou esperar que a justiça decida se a greve é justa ou não.
Existem coisas mais importantes do que frear o reajuste agora.
O próprio governo federal concedeu um reajuste aos aposentados do INSS em janeiro e depois fez outra lei para dar mais reajuste.
Não há razões para não deixar passar a lei atual e depois ter outra para recompor eventual defazagem.
Aliás, acho que isso deveria ser feito através de uma revisão do plano de cargos e salários. Por um bom plano, especialmente para a Educação, com propostas claras e justas para toda a categoria.
Acho que uma greve agora é querer matar mosquito com bazuca. Não faz sentido. Quando realmente for preciso, como para aprovação de um EXCELENTE plano de carreira, a sociedade não vai mais nos apoiar. Vão dizer "mas já não fizeram greve antes, porque não pediram tudo".
O problema é que nem dá pra saber o que estamos pedindo. Nem neste Blog estão as propostas!!!
Reposição salarial não se faz com mero reajuste, todos sabemos que a tabela de progressão funcional desvalorizou os servidores que tinham vários anos de casa, e ainda acham que o ATS é tudo.
Não vamos nos queimar com a sociedade, que é quem mais vai sair prejudicada, para ter um reajuste que vai sair de um jeito ou de outro.
Vamos lutar por um plano dígno de cargos e salários, além de reformas efetivas no Estatuto dos Servidores.
Espero que esta "Movimentação" não seja para promover algum "político", especialmente neste ano eleitoral, que pretenda se candidatar a deputado. Teremos certeza disso quando das campanhas eleitorais, vai ser fácil ver quem "usou" o servidor como massa de manobra. Se ao final for este o objetivo de vocês, não contem mais com meu voto, muito menos apoio.
Pessoas que ficaram trabalhando no dia da Paralisação riram da situação dos que ficaram na chuva lutando pelo direito de todos. Esses realmente não deveriam receber o reajuste no salário.
Professora Marilena.
Luiz Henrique, também sou uma servidora como você, mas as assembleias do sindicato são para isso, para serem tomadas decisões. Lá tudo é discutido, as pessoas são ouvidas e ponderações são feitas, portanto, nossas reivindicações são muitas, e não estamos a beira de uma greve por reajuste salarial e sim pela reposição do índice inflacionário decorrente do período de um ano em nossos salários. Precisamos "educar" nossos governantes a respeitar os nossos direitos, e sendo assim, não falaremos mais em greve, mas sentaremos para discutir propostas. Isso sim é democracia!
Nadiara.
Também estou inseguro quanto a greve. Está me parecendo exagero, e a comunidade não vai entender se não aparecer alguém em um jornal televisivo popular explicando os motivos.
Quanto o salário, é um problema no país inteiro. Aliás a constituição federal diz que o salário de um trabalhador deve ser capaz de atender às necessidades vitais básicas e às da família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim; mas quem pode sustentar sua família nestes termos com R$510? Nem com os R$813 que é o mínimo da prefeitura uma família pode ser sustentada.
E tem gente que diz que o problema é o hábito excessivamente consumista que acaba com nosso salário, eu não sou consumista além de minhas necessidades e meu salário não sustenta uma família, mal me sustenta nos termos apresentados pela constituição federal.
Quanto ao sindicato, estou contente que está unindo os servidores, sendo um sindicato do empregado e não do patrão ou do próprio sindicato.
Parabéns!
Esse Luiz Henrique deve ser um governadorzinho por ai, demagogo. Se não conhece a pauta de reivindicação da categoria não tem muito canudo pra estar falando sobre ela, sobre as necessidades dos servidore. Todos os pontos de reivindicação foram discutidos em assembléia, em vários locais de trabalho e tudo explicitado nos informativos do sindicato e na web, onde está seu comprometimento com a categoria em buscar um pouquinho mais? Se observar ao lado direito do blog do Sinsej verá um item chamado pauta de reivindicações, não sei se serve?
Essa prática de sentar e esperar uma alma caridosa soltar uns centavinhos para nós servidores foi uma prática comum até pouco tempo no sindicato. Por isto acumulamos quase 40% de perda salarial nos últimos 10 anos. São 26 item em nossa pauta de reivindicação, dentre elas a reposição da inflação.
É hora de mudar, é hora de junta a categoria mostrar sua verdadeira força. Para conquistar tudo o que merecemos. Começando por agora, negociar, ou então é greve!
José Antônio
Professor
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