Os Servidores Públicos do Município de Joinville estão às vésperas de iniciar uma greve. Por meio de seu sindicato, o Sinsej, os trabalhadores tem tentado desde março conversar com a Prefeitura a respeito de sua pauta de reivindicações que, além das questões de reajuste e recomposição salarial, contém outros 24 itens, alguns que sequer trazem impacto financeiro aos cofres públicos.
Para nossa surpresa, a Prefeitura se apresenta intransigente e negativa a qualquer pedido da categoria. E, além disso, investe em uma extensa campanha na mídia para jogar a população contra os servidores.
Qualquer trabalhador sabe o que é passar o ano vendo seu salário deteriorado pelo aumento dos preços. Depois de um ano, o mínimo que se espera é que o salário seja reajustado no mesmo índice da inflação. Mas a Prefeitura se nega a reajustar o salário dos servidores em parcela única, aumentando ainda mais nossa defasagem – que já supera os 30% nos últimos dez anos.
A justificativa do Prefeito é a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mas ele esquece que a Constituição prevê em seu artigo 37 o direito à recomposição do salário dos servidores. A mesma LRF, inclusive, em seus artigos 22 e 71, garante a reposição da inflação.
Nós queremos continuar trabalhando e atendendo a população com qualidade, mas é impossível manter-se motivado tendo o salário diminuído e sofrendo com falta de material e condições de trabalho.
Está nas mãos do Prefeito impedir a greve do funcionalismo. Se a Prefeitura não dialogar abertamente com a categoria, só resta colocar em prática a deliberação da Assembleia Geral do dia 30/6, que programou uma paralisação no dia 13 de julho e a greve por tempo indeterminado a partir de 2 de agosto.
Há tempo para o Prefeito rever sua posição!
3 comentários:
Particularmente penso que paralização não tem benefício para ambos os lados...concordo com manifestações. O salário do servidor de Joinville não está tão ruim assim...observando o mercado joinvilense. Um dos problemas maiores da nossa sociedade é o consumismo e isto faz com que as pessoas tenham muitas despesas. Sabemos que a maior parte dos servidores tem algum meio de transporte (bicicleta, moto, carro) comunicação (telefone, internet) etc, tudo tem custo.
Talvez seria o momento de observar a realidade atual do sistema num todo e achar uma saída mais razoável.
Caro colega!
Então o salário não está tão ruim assim? Humm... nesse caso, vc sugere aos servidores, que não vivam, e sim, sobrevivam!
Todos os dias vemos uma forma de descaso diferente, por parte das autoridades e vc diz que devemos achar uma saída mais razoável?
Vc então deve ser um desses comissionados, que há dois anos atrás era gerente de mercearia, e agora está à frente de alguma coordenação, e vc sim, ganhando um bom salário, a julgar pelo seu conhecimento, medíocre, no serviço público.
Essa sua "teta" não vai durar pra sempre!
Pense nisso, e sensibilize-se com a situação dos nossos servidores. Afinal de contas, eles são pagos por vc tbem, e certamente vc gosta de um serviço público de qualidade...
A paralisação é necessária sim!
Em vista do descaso do governo municipal. A folha inchou, à beira do limite fiscal, em apenas 1 ano, os servidores não viram aumento no bolso, alguma coisa está errada!
infelizmente, se não vai por amor, vai pela dor!
Pois é "Seu" Júlio César, se o "seu" salário está tão bom assim, quando receber o aumento faça uma doação a uma instituição de caridade. Será uma atitude louvável! Um por cento deverá fazer uma diferença enorme no seu salário... Coitadinho do Prefeito... agora terá de se endividar para nos dar o aumento... oh!
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