Vigilância noturna em prédios públicos*
*Carta publicada no Jornal Notícias do Dia, em 19 de agosto de 2011.
Uma luta que não acabou
A greve deste ano dos servidores públicos municipais de Joinville entrará para a história. Ela representa uma ruptura nos paradigmas da maior cidade do estado de Santa Catarina e terá repercussões para muito além desta categoria.
Até então acreditava-se que os trabalhadores de Joinville eram diferentes dos demais trabalhadores do mundo. Aqui, todos eram bonzinhos, pacíficos, alienados, fiéis cumpridores de suas obrigações e jamais questionariam as atitudes de seus chefes – pois a eles deveriam direcionar seus mais profundos agradecimento pelo emprego, pelo mísero salário mensal.
Ocorre que vivemos um momento de quebra de conceitos e preconceitos. O mundo vive um período convulsivo, revolucionário, onde não cabe mais a exploração simples e extremada do homem pelo homem. A classe trabalhadora, que produz as riquezas deste mundo capitalista e garante a normalidade de todos os serviços, cansou de pagar a conta dos excessos da burguesia. Os trabalhadores não aceitam mais serem eternamente penalizados, enquanto os grandes empresários só veem aumentar seus lucros e suas posses. Do Egito à França, da Tunísia à Grécia, os trabalhadores vão à luta.
Empresários e governantes que não entendem isso serão varridos para as latas de lixo da história. Infelizmente, é o que vemos no governo de Joinville. Um governo eleito a partir de um histórico de lutas em prol da classe trabalhadora, uma vez no poder prefere o caminho “mais fácil”, ou seja, alia-se aos grandes empresários da cidade e continua uma administração voltada a garantir o interesse dos poderosos. Para os trabalhadores, a mesma política de arrocho salarial, aumento de impostos, taxas de água, tarifa de ônibus...
Mas o governo Carlito se supera na truculência e na traição ao seu passado. De defensor de sua classe, passa a algoz dos servidores públicos, patrocinando uma perseguição jamais vista à categoria. Não dialoga. Ataca direitos históricos. Não reajusta salários. E agora insiste na punição, uma forma vil e traiçoeira de “se vingar” dos que ousaram questionar seus desmandos.
Os trabalhadores saberão responder a isso. Como em qualquer parte do mundo, à medida que são atacados, mais os trabalhadores se defendem e passam ao contra-ataque. Governos que não têm apoio popular são frágeis, perenes como a relva.
E, de maneira geral, os trabalhadores de Joinville ampliaram infinitamente sua consciência. Ninguém mais se ilude facilmente. Nunca se pensou, se debateu e se aprendeu tanto em tão pouco tempo nessa cidade. Definitivamente, nossa cidade não será mais a mesma.
Trabalhadores, continuemos unidos. Confiemos na nossa força.
Ulrich Beathalter
Presidente do Sinsej
Camiseta "Eu lutei! Por mim, por nós."
O sindicato está lançando uma campanha financeira para recompor parte dos mais de R$ 100 mil gastos durante os 40 dias de greve. Para isso foi confeccionada uma camiseta com uma imagem da paralisação e a palavra de ordem: “Eu lutei! Por mim, por nós.”
A camiseta será vendida a R$ 10,00 e está à disposição no Sinsej. Os diretores também levarão o produto até os postos de trabalho ao realizarem visitas.
A campanha financeira tem por função lembrar que a entidade sindical deve ser independente política e financeiramente. Uma luta só será legítima quando sustentada pelos seus interessados, os sócios do sindicato.
A camiseta também é uma maneira daqueles servidores que não aderiram à greve colaborarem com a luta travada pelos demais companheiros.
Carta dos funcionários do Hospital São José*
Esclarecimentos
Nós, servidores públicos de Joinville lotados no Hospital Municipal São José, viemos a público esclarecer que não fizemos greve por estarmos descontentes com o trabalho. Estamos, sim, descontentes com a forma que nos tratam, pois trabalhamos num local extremamente estressante, sem o mínimo de condições, salvando vidas, e somente somos valorizados enquanto temos saúde, pois não podemos sequer ficar doentes porque nosso salário vem reduzido. Fizemos greve somente para buscar o que nos é de direito, ou seja, a reposição da inflação na data-base da categoria e mais a reposição histórica que sofremos de governos anteriores. Fizemos greve para buscar o respeito por parte do governo do município. Fizemos greve porque defendemos nossa dignidade, e estamos cientes das consequências que ela nos trouxe. Recuperaremos todas as horas que fiquemos parados com honra, pois não temos vergonha do trabalho que exercemos, pelo contrário, amamos nossa profissão, porque muitas vidas são salvas pelas nossas mãos.
Servidores públicos do Hospital São José
*Publicada na edição de 24 de junho de 2011 do Jornal Notícias do Dia
Novo site do Sinsej está no ar
A partir de hoje (02/02), o Sinsej conta com uma nova ferramenta para aproximar e facilitar o contato entre a entidade e os sindicalizados. O site do sindicato passou por uma reformulação para implantação de novos recursos e mudança de visual. O endereço para acesso é www.sinsej.org.br. Na página estão disponíveis os convênios, contatos dos diretores, acesso para as empresas conveniadas, notícias e documentos. Confira os detalhes do novo site.
Assembleia discute ações para o magistério
Todos os servidores públicos do magistério estão convocados para uma assembleia na próxima quinta-feira (03/02), na sede do Sinsej, às 19 horas. O motivo é decidir se os trabalhadores acatarão o calendário proposto pela Prefeitura ou exigirão aplicação da proposta elaborada pelos professores em conjunto com o sindicato. Por enquanto, a orientação é cumprir o cronograma e retornar as atividades no dia 2 de fevereiro. Até o momento a Secretaria de Educação não deu resposta ao ofício do sindicato que propunha outro calendário. Em dezembro do ano passado, os servidores fizeram uma manifestação em frente à sede da secretaria mostrando sua insatisfação com o calendário da Prefeitura.
Esclarecimento sobre os abonos
O Sinsej esclarece que o pagamento da primeira parcela do abono de R$220,00 será feita no mês de fevereiro, junto com o salário. Os servidores podem ficar tranquilos quanto ao recebimento. Prova disso são os funcionários da Câmara de Vereadores, que receberão amanhã (25/01).
A Prefeitura também garantiu o pagamento dos abonos para quem se desligar do serviço público até março. Quem saiu antes de dezembro tem direito a um valor proporcional, calculado pela secretaria de gestão de pessoas.
Em caso de dúvidas, o Sinsej está à disposição pelo e-mail sinsej@sinsej.org.br e pelo telefone 3433-6966.
A Prefeitura também garantiu o pagamento dos abonos para quem se desligar do serviço público até março. Quem saiu antes de dezembro tem direito a um valor proporcional, calculado pela secretaria de gestão de pessoas.
Em caso de dúvidas, o Sinsej está à disposição pelo e-mail sinsej@sinsej.org.br e pelo telefone 3433-6966.
Sinsej sofre com enchente
Devido ao alagamento na região central de Joinville, o Sinsej teve sua estrutura afetada pela água. Desde o início da manhã desta quinta-feira (20/01), o sindicato está sem telefone e sem sistema. Esses problemas impedem o atendimento ao público. Até o momento não há previsão de retorno à normalidade dos serviços.
Acompanhe pelo twitter do Sinsej e saiba mais rapidamente a situação: http://twitter.com/Sinsej
Assim que o atendimento for retomado, postaremos no blog e twitter.
Gratos pela compreensão
Direção Sinsej
Sinsej começa entrega de brindes
O Sinsej está começando a fazer a distribuição do brinde para os servidores sindicalizados. Durante as próximas semanas os diretores do sindicato vão passar pelos locais de trabalho para fazer a entrega. O brinde é o livro A Greve, do escritor Jack London, que narra em forma de conto uma experiência grevista. O exemplar foi editado pela equipe de comunicação do Sinsej, o que possibilitou acrescentar um pequeno álbum com fotos da greve realizada em 2010 pelos servidores públicos.
Além da entrega, os sócios podem retirar seu exemplar na sede do sindicato.
HMSJ esclarece denúncia sobre refeitório
Os funcionários do Hospital Municipal São José (HMSJ) denunciaram ao Sinsej que teria sido servida comida estragada no período entre Natal e Ano Novo para os servidores. Nesta semana foi enviada a resposta oficial do HMSJ através de ofício ao sindicato. No documento assinado pelo diretor presidente, Tomio Tomita, o hospital reconhece que houve problemas com a alimentação servida no refeitório. A empresa responsável foi notificada no dia 27 de dezembro.
Após o incidente, a direção do HMSJ se reuniu com a empresa para determinar algumas medidas e ações. Segundo a empresa, os fatos não se repetirão. Também ficou estabelecida a elaboração de uma auditoria mensal dos serviços. Caso não ocorram as mudanças esperadas, a empresa corre o risco de não estar apta a participar da próxima licitação.
Confira o ofício:
(clique para ampliar)
Atenção para o horário de atendimento
Durante o mês de janeiro o Sinsej não terá expediente aos sábados. A maioria das lojas conveniadas ao sindicato já estão liberando as vendas online pelo novo sistema. Essa alteração fez com que o movimento de filiados na sede do Sinsej fosse menor que o tradicional nesta primeira semana do ano.
Prefeitura não cumpre acordos novamente
Parece que os acordos da greve não estão na pauta de prioridades da Prefeitura. Além de não ter instituído o vale alimentação até agora, a Prefeitura agora desanda ao não conceder os três abonos compensatórios aos servidores que tem se desligado da Prefeitura nos últimos meses. A justificativa é de que enquanto seu departamento jurídico não emitir um parecer os pagamentos não serão concedidos aos exonerados.
No entendimento do Sinsej, baseado na lei que se originou do acordo de greve, os abonos são a compensação pelo parcelamento do reajuste salarial referente data-base de maio de 2010, que corresponde ao período de maio de 2009 a abril de 2010. Sendo assim, todos os trabalhadores que exerceram sua função junto a prefeitura, até a última data-base, fazem jus ao reajuste e portanto aos abonos.
Prova de que esse entendimento é justo, a Câmara de Vereadores está efetuando o pagamento dos abonos para os servidores exonerados entre maio de 2010 e janeiro de 2011. Para os servidores em atividade os abonos estão programados para os próximos pagamentos: fevereiro, março e abril, para todos os setores da categoria, inclusive os agentes comunitários de saúde.
O Sinsej pede aos servidores desligados da Prefeitura desde maio de 2010 que entrem em contato com a entidade caso não tenham recebido os três abonos de R$220,00 na rescisão. A assessoria jurídica do sindicato já está verificando alguns casos, mas é importante que o não pagamento seja comunicado.
Comissões retomam debate
As discussões sobre o estatuto e o plano de cargos e salários dos servidores já reiniciaram em 2011. Na última segunda-feira (10/1), a direção do Sinsej se reuniu com a comissão da secretaria de gestão de pessoas. Nesse encontro foi debatida a inclusão dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no estatuto dos servidores. Mesmo se propondo a conversar, a Prefeitura resiste bastante às reivindicações apresentadas pelo sindicato. Hoje (11/1), acontece a segunda reunião sobre o plano de cargos e salários.
As reuniões vão acontecer sempre na segunda semana de cada mês, nas segundas e terças-feiras. A Prefeitura ainda não sinalizou o início das discussões sobre o plano de carreira do magistério. O principal motivo do atraso é a não indicação da Secretaria de Educação dos nomes que devem compor a comissão. Tanto a secretaria de gestão de pessoas, como o Sinsej indicaram os nomes logo após o término da greve.
Expediente de 2011 já começou
O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Joinville (Sinsej) voltou ao seu expediente normal desde o dia 3 de janeiro. Para a próxima semana já estão agendadas diversas atividades. Na segunda (10/1) e terça-feira (11/1) acontecem as reuniões para discutir a revisão do plano de cargos e salários e o estatuto dos servidores. Também na segunda-feira, tem um encontro com os Agentes Comunitários de Saúde e na quinta-feira (13/1), acontece uma reunião com alguns auxiliares de enfermagem do Hospital Municipal São José para discutir gratificações.
Lembramos que contatos com o Sinsej podem ser feitos pelo telefone 3433-6966, pelo e-mail sinsej@sinsej.org.br ou seguindo o perfil do twitter @sinsej. O nosso horário de atendimento é de segunda à sexta, das oito às 18 horas, e sábados, das nove ao meio dia. Os contatos dos diretores estão disponíveis no link Contato na lateral do blog. Em breve estaremos com novo site no ar.
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